12 de fev. de 2012

Isso é a vida.

(...)

Quando conseguimos compreender a vida, já estamos dentro do turbilhão que nos remove a consciência e as entranhas do corpo e da alma a cada dia, cada hora, cada minuto, o tempo todo. Quando aprendemos mantermo-nos de pé neste turbilhão, o furacão emocional, adormecido pela razão, passa uma rasteira em nosso frágil equilíbrio. Quando acostumamo-nos às tonteiras das emoções e conseguimos equilibrar na corda bamba das paixões, pensamos (insanos) que estamos prontos para viver.

Ilusão.


Nunca aprendemos a viver, vivemos.
Nunca conhecemos o viver, vivemos.
Nunca sabemos o caminho, caminhamos.
Não é bom nem ruim. Simplesmente é. Um dia bem, um dia mal, um dia talvez, um dia “até quem sabe”.

É assim.

Se é que aprendi alguma coisa, aprendi que: Não é importante saber, é importante sentir. Para sentir a mim preciso do outro, das relações não rotuladas. O outro que é meu inferno e meu céu. O outro que é meu corpo e minha alma. O outro que me cativa e me distancia. O outro que odeio e que amo.

A vida não é quando. A vida não é como. A vida não é onde. A vida é quem. Quem sou com o outro. Quem sou comigo. Quem sou nos inesperados de cada momento. Quero que você se excite com minha alegria. Quero que você se arrepie com minha voz. Quero que você sonhe nos meus sonhos.
Mas também...
Quero que você escute meu silêncio. Quero que você me acolha na fraqueza. Quero que você enxugue minhas lágrimas (mesmo à distância). Quero que você sinta, nas palavras, nos e-mails, na minha presença, na minha ausência. Mas me sinta. Estou em toda parte do seu turbilhão chamado vida. Estou em todos os desequilíbrios de seus “inesperados”. Estou em cada molécula de oxigênio que você respira. Não vivo porque quero ser, vivo por que estou em você.

Cristina Angélica Silveira.