4 de ago. de 2010

Cecília Meireles

Tal qual me vês, há séculos em mim:
números, nomes, o lugar dos mundos e o poder do sem fim.
Inútil perguntar por palavras que disse:
histórias vãs de circunstância, coisas de desespero ou meiguice.
(Mísera concessão, no trajeto que faço:
postal de viagem, endereço efêmero, álibi para a sombra do meu passo…)
Começo mais além: onde tudo isso acaba, e é solidão.
Onde se abraçam terra e céu, caladamente, e nada mais precisa explicação.

Cecília Meireles

Um comentário:

Anônimo disse...

lINDO,
leia A ARTE DE SER FELIZ.


Abraço.