12 de mai. de 2010

Alegoria da Caverna - Platão

PLATÃO
Do livro "A república" – nº7

Várias pessoas moravam numa caverna desde de que nasceram. Elas ficavam presas nas pernas e no pescoço viradas para a parede do fundo dessa caverna. Assim, não conseguiam mudar de posição, nem virar a cabeça para trás. Elas só podiam ver o que se passava a sua frente (a parede do fundo da caverna). A pouca luz que entrava vinha de uma fogueira acessa do lado de fora da caverna, porque nem a luz do sol conseguia entrar lá de tão funda que era aquela caverna.

Entre a fogueira e os habitantes da caverna, existia um caminho, como um pequeno muro. Por cima desse muro, as pessoas que viviam fora da caverna passavam carregando coisas e objetos de todos os tipos.

Mas como esse caminho ficava atrás dos moradores, eles não podiam vê-lo. Só viam as sombras das coisas que as pessoas que estavam do lado de fora carregavam.
Os habitantes da caverna, então, acreditavam que tudo que existia era as sombras que estavam vendo dos objetos e as pessoas reais e que o som que escutavam viam daquelas imagens refletidas.

Um dos habitantes foi libertado e forçado a sair da caverna. Quando chegou do lado de fora sua visão foi ofuscada por toda luz do sol.
Foi preciso um tempo para que ele se habituasse com tanta luz e pudesse enxergar as pessoas e as coisas reais.

Levou muito tempo para que ele pudesse entender que o que via dentro da caverna não eram as realidades concretas, mas apenas, suas sombras.
Depois esse homem foi mandado de volta para a caverna e obrigado a sentar em seu antigo lugar. Ele, então, ficou temporariamente cego e perturbado com a ausência da luz do dia e a escuridão do fundo da caverna. Seus companheiros riram dele porque ele afirmava não estar vendo nada, enquanto que eles continuavam vendo as sombras no fundo da caverna.

Os habitantes da caverna chegaram a conclusão de que não valia a pena ir para o mundo exterior, já que isso lhes faria perder a visão e ficar perturbado.

* Mundo das Idéias ou Inteligível = Exterior da caverna.

* Mundo das Aparências ou Sensível = Interior da caverna, as sombras refletidas.

* Verdade Integral sobre o Bem = Luz do sol.

O mundo em que vivemos (o planeta terra) é uma copia (uma sobra) do mundo perfeito, que só o espírito poderá conhecer cada vez mais quando estiver no mundo das idéias (desencarnado e vivendo no mundo dos espíritos).

E à medida que formos reencarnando e progredindo intelectual e moralmente (necessariamente nessa ordem) toda vez que retornarmos ao mundo das idéias, conheceremos mais um pouco a verdade integral sobre o bem. Só não precisaremos encarnar novamente, quando tivermos conseguido conhecer e praticar completamente em uma encarnação neste planeta terra, a verdade integral sobre o bem.

Observação: A república é uma cidade governada para garantir a cada cidadão o que é justo e correto, onde ele possa ser educado para praticar a verdade integral sobre o bem.

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