2 de jun. de 2012

Amor: como união, NÃO unidade.

O amor como troca recíproca entre dois seres que preservam a individualidade e a autonomia: A troca recíproca, emotivamente controlada, de atenções e cuidados tem por finalidade o bem do outro como se fosse o seu próprio. Na forma feliz desse tipo de amor, há reciprocidade, há união, mas não unidade.

O Filósofo alemão, Odo Marquard, falou do parentesco etimológico ...entre zwei e Zweifel (dois e dúvida) e insinuou que o elo entre essas palavras vai além da simples aliteração (sons parecidos).

Onde há dois não há certeza. E quando o outro é reconhecido como um "segundo" plenamente independente, soberano - e não uma simples extensão, eco, ferramenta ou empregado trabalhando para mim, o primeiro - a incerteza é reconhecida e aceita.

Ou seja, ser duplo significa consentir em indeterminar o futuro. Boas noites.

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