19 de jun. de 2010

Filme: O Velho e o Mar

O Velho e o Mar
Ernest Hemingway
c/Spencer Tracy (as oldman)


"O velho Santiago era grisalho e marcado por rugas, tinha grandes riscos na nuca e as mãos tinham cicatrizes fundas, por lutar com peixes pesados. Mas nenhuma delas era recente. Tudo nele era velho, com exceção dos olhos. E eles eram da cor do mar, alegres e incansáveis.
No barracão do velho havia uma cama, uma mesa, cadeiras e um local para cozinhar com carvão. Nas paredes marrons, havia um quadro colorido do Sagrado Coração e outro da Virgem de Cobre. Eles tinham pertencido à sua esposa".

O fato de Santiago ficar quase três meses sem pescar nada, é triste. Mas, a beleza da história está justamente no que o personagem faz durante a estiagem.

As passagens abaixo nos demonstram a tomada de consciência/ação de Santiago.

- "Por que velhos acordam tão cedo? Para terem um dia mais longo?"

- "Só que não tenho mais sorte. Mas quem sabe? Talvez seja hoje. Cada dia é um novo dia".

- "Tudo bem, passarinho. Descanse um pouco. Mas depois precisa voar e se arriscar, como todo homem, todo peixe e todo pássaro devem fazer".

- Sobre o peixe (Marlin): "Ele está seguindo seu plano com calma, mas qual é o seu plano? Qual é o meu? O meu será improvisado segundo o dele, devido ao seu tamanho".

- "O homem pode ser destruído, mas não derrotado".

- Posso colocar minha faca na ponta de um dos remos. "Eu deveria ter trazido uma pedra para afiar a faca", pensou ele. Mas, não é hora de pensar no que não trouxe. "Pense no que pode fazer com o que tem".

(...)

Após perder o arpão, Santiago agride alguns tubarões que atacavam a carcaça do Marlin, utilizando o leme da embarcação. Sem muito sucesso, ele decide amarrar a faca na ponta do remo. Só que, após desferir alguns golpes, a ponta da faca se quebra.

Na cena final ele diz a Manolin, o garoto: "Temos que arranjar uma lança e mantê-la a bordo sempre. Ela deve ser muito afiada e não temperada, para não quebrar como a minha faca quebrou".


Questões:
O que aprendemos com o filme?
Conseguimos modificar nossos hábitos?
Até onde estamos dispostos a parar de criar rituais e vivenciar o novo?
Agimos diferente após uma situação-limite?

Cleiton Rezende


Cenas:










Atendendo ao pedido amigo.

[Fim]

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria de uma talvez resposta, se é que ela existe.
É possível, você trabalhar a questão de suicídio na adolescência?
Um conhecido foi embora, ficou uma dor, misturada há um silêncio em reflexão.
O que está fazendo com que os jovens, tenham tanto desagrado à própria vida e chegar ao fim?
Pela primeira vez, penso estar sem resposta.
Obrigada.

Cleiton Rezende disse...

Há um livro que aborda a questão desejada, sobre o olhar de vários pensadores: (Platão, Leis IX, 873 C2-D8), (Plotino, Enéada), (Sêneca, Epístolas a Lucíolo, VIII, epístola 70), (Tomás de Aquino, Suma de Teologia...), (Michel de Montaigne, Ensaios...), (David Hume, Do suicídio), (Rousseau, A Nova Heloísa), (Schopenhauer, Sobre o suicídio), (Phillip Mainlander, Reflexões sobre o suicídio) e, Raimundo de Farias Brito, o Suícídio como consequencia da falta de convicção.
Eu particularmente gostei mais de Mainlander.
Enfim, é uma bela obra que aborda o tema desejado.É de Fernado Rey Puente e se chama: Os filósofos e o suicídio.
Não sei se ajudei mas, ler a respeito pode lhe ampliar a consciência.
Abs.